Após a época do “milagre econômico”, ocorreu no Brasil uma forte desaceleração
nos crescimentos do Produto Interno Bruto (PIB), da produção
de energia primária e do consumo de eletricidade. Nos últimos trinta anos, o
aumento da produção de energia primária no Brasil tem acompanhado de perto o crescimento do PIB, mas o consumo de eletricidade tem aumentado mais
rapidamente, em razão da eletrificação crescente do país e da instalação de indústrias
eletrointensivas, como as de alumínio. A Tabela 2 permite estabelecer
comparações entre o Brasil, o mundo e os blocos dos países industrializados e
aqueles em desenvolvimento.
O modelo tradicional estabelecido de 1940 a 1960 colocou nas mãos dos
governos federal e estaduais empresas estatais responsáveis pela grande parte da
produção e distribuição de eletricidade, petróleo e gás. Petrobras, Eletrobrás e
inúmeras empresas estaduais foram criadas para tal fim, incluindo o planejamento
energético.
Esse modelo funcionou bem até meados da década de 1980, mantendo
baixos os custos da energia e promovendo com isso o desenvolvimento econômico,
mas criou também sérios problemas, tais como:
1. Tarifas artificialmente baixas para eletricidade, como aliás foi feito com quase todas as tarifas de serviços públicos pelo governo federal num
esforço vão de controlar a inflação.
2. O uso político das empresas de produção e distribuição de gás e eletricidade
envolvendo gerenciamento incompetente e a construção de inúmeras
usinas hidrelétricas para obter benefícios políticos sem os recursos
necessários para completá-los, o que garantiria um mínimo de retorno economico .
Natureza & Energia
domingo, 21 de novembro de 2010
Eletricidade e Biomassa ..
A GERAÇÃO DE ELETRICIDADE no Brasil cresceu a uma taxa média anual de 4,2%
entre 1980 e 2002. Sempre a energia hidráulica foi dominante, uma vez que
entre 1980 e 2002. Sempre a energia hidráulica foi dominante, uma vez que
Sempre a energia hidráulica foi dominante, uma vez que
o Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. Por sua vez,
é modesta a contribuição do carvão, já que o país dispõe de poucas reservas e
elas são de baixa qualidade. A capacidade instalada de hidroeletricidade é de
cerca de 70.000 megawatts (MW, milhões de watts) e existem 433 usinas hidrelétricas
em operação. Dessas, 23 têm capacidade maior do que 1.000 MW e
representam mais de 70% da capacidade total instalada. Existe ainda um potencial
considerável – cerca de 190.000 MW ainda não utilizadas, principalmente na
região da Amazônia, e, portanto, distante dos grandes centros consumidores do
Sudeste. O custo de produção de 1 kW em uma usina hidroelétrica é de aproximadamente
US$ 1.000. O potencial para reforma e melhoria das grandes usinas
construídas há mais de vinte anos (com capacidades instaladas especialmente
entre 1.000 e 8.000 MW) é de 32.000 MW. Isso pode ser obtido a um custo de
US$ 100-300 por kW instalado, sendo, portanto, significativo.
Entre as outras tecnologias geradoras de eletricidade utilizadas no país estão
a termonuclear, as termelétricas a gás natural e a óleo diesel, mas nenhuma delas
contribui com uma porcentagem maior do que 7% do total. A introdução da
biomassa, energia nuclear e gás natural reduziu a porcentagem da hidreletricidade
de 92% em 1995 para 83% em 2002. A geração de eletricidade com biomassa
(resíduos vegetais e bagaço de cana) em 2002 provinha de 159 usinas, com uma
capacidade instalada de 992 MW, ou 8% da energia elétrica de origem térmica
do país. A grande maioria dessas usinas (com cerca de 952 MW) está localizada
no Estado de São Paulo e usa bagaço de cana, um subproduto da produção de
açúcar e álcool.
O Proinfa foi instituído pela Lei n.10.438/2002 visando estimular a geração
de eletricidade por fontes eólica, de biomassa (como bagaço de cana e gás
de aterro) e pequenas centrais hidrelétricas (PCH). A primeira fase do Proinfa
estabelecia a geração de 3.300 MW por meio dessas fontes. A segunda fase do
programa estabelecia uma meta de 10% dessas mesmas fontes em toda a matriz
elétrica do país em vinte anos, mas foi abandonada. A Lei n.10.762/2003 revisou
o Proinfa e não menciona a Fase 2.
o Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. Por sua vez,
é modesta a contribuição do carvão, já que o país dispõe de poucas reservas e
elas são de baixa qualidade. A capacidade instalada de hidroeletricidade é de
cerca de 70.000 megawatts (MW, milhões de watts) e existem 433 usinas hidrelétricas
em operação. Dessas, 23 têm capacidade maior do que 1.000 MW e
representam mais de 70% da capacidade total instalada. Existe ainda um potencial
considerável – cerca de 190.000 MW ainda não utilizadas, principalmente na
região da Amazônia, e, portanto, distante dos grandes centros consumidores do
Sudeste. O custo de produção de 1 kW em uma usina hidroelétrica é de aproximadamente
US$ 1.000. O potencial para reforma e melhoria das grandes usinas
construídas há mais de vinte anos (com capacidades instaladas especialmente
entre 1.000 e 8.000 MW) é de 32.000 MW. Isso pode ser obtido a um custo de
US$ 100-300 por kW instalado, sendo, portanto, significativo.
Entre as outras tecnologias geradoras de eletricidade utilizadas no país estão
a termonuclear, as termelétricas a gás natural e a óleo diesel, mas nenhuma delas
contribui com uma porcentagem maior do que 7% do total. A introdução da
biomassa, energia nuclear e gás natural reduziu a porcentagem da hidreletricidade
de 92% em 1995 para 83% em 2002. A geração de eletricidade com biomassa
(resíduos vegetais e bagaço de cana) em 2002 provinha de 159 usinas, com uma
capacidade instalada de 992 MW, ou 8% da energia elétrica de origem térmica
do país. A grande maioria dessas usinas (com cerca de 952 MW) está localizada
no Estado de São Paulo e usa bagaço de cana, um subproduto da produção de
açúcar e álcool.
O Proinfa foi instituído pela Lei n.10.438/2002 visando estimular a geração
de eletricidade por fontes eólica, de biomassa (como bagaço de cana e gás
de aterro) e pequenas centrais hidrelétricas (PCH). A primeira fase do Proinfa
estabelecia a geração de 3.300 MW por meio dessas fontes. A segunda fase do
programa estabelecia uma meta de 10% dessas mesmas fontes em toda a matriz
elétrica do país em vinte anos, mas foi abandonada. A Lei n.10.762/2003 revisou
o Proinfa e não menciona a Fase 2.
– Biomassa
uma característica particular do Brasil é o desenvolvimento industrial em
grande escala e a aplicação das tecnologias de energia de biomassa. Bons
exemplos disso são: a produção do etanol a partir da cana-de-açúcar, o carvão
vegetal oriundo de plantações de eucaliptos, a co-geração de eletricidade do
bagaço de cana e o uso da biomassa em indústrias de papel e celulose (cascas
e resíduos de árvores, serragem, licor negro etc.). A utilização de biomassa no
Brasil é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a disponibilidade
de recursos e mão-de-obra baratas, rápida industrialização e urbanização e a ex-
escala. Aproximadamente 75% do álcool produzido é proveniente do caldo de
cana (com rendimento próximo de 85 litros por tonelada de cana). Os restantes
25% têm origem no melaço resultante da produção de açúcar (rendimento
próximo de 335 litros por tonelada de melaço). Em 2004, a produção total de
bagaço ficou próxima de 110 milhões de toneladas, gerando um excedente de
8,2 milhões de toneladas para usos não-energéticos. Os produtos energéticos
resultantes da cana contribuíram com 13,5% da matriz energética brasileira de
2004.
A utilização da lenha no Brasil é ainda significativa, principalmente nas carvoarias
para produzir carvão vegetal e na cocção de alimentos nas residências. Em
2004, o setor residencial consumiu cerca de 26 milhões de toneladas de lenha,
equivalentes a 29% da produção. O consumo tem crescido nos últimos anos
pelo aumento dos custos do seu substituto direto, o gás liquefeito de petróleo
(GLP), vendido em botijões. Na produção de carvão vegetal foram consumidas
cerca de 40 milhões de toneladas (44% da produção), em razão principalmente
do forte crescimento da produção de ferro gusa e substituição do carvão mineral.
Os restantes 17% representam consumos na agropecuária e demais setores
da indústria. A lenha e o carvão vegetal representaram 13,2% da matriz de 2004, resultado 0,3% acima de 2003.
Fontes de energia mais comuns ..
Energia, ar e água são ingredientes essenciais à vida humana. Nas sociedades
primitivas seu custo era praticamente zero. A energia era obtida da
lenha das florestas, para aquecimento e atividades domésticas, como cozinhar.
Aos poucos, porém, o consumo de energia foi crescendo tanto que outras
fontes se tornaram necessárias. Durante a Idade Média, as energias de cursos
d’água e dos ventos foram utilizadas, mas em quantidades insuficientes para
suprir as necessidades de populações crescentes, sobretudo nas cidades. Após a
Revolução Industrial, foi preciso usar mais carvão, petróleo e gás, que têm um
custo elevado para a produção e transporte até os centros consumidores.
O consumo de água também aumentou consideravelmente, tanto que se
tornou necessário cobrar pelo seu uso para pagar os custos para sua purificação
e transporte até os usuários. Se, e quando, uma colônia terrestre for instalada na
Lua (que não tem atmosfera), será preciso pagar – e muito – pelo ar consumido
pelos seres humanos que terá de ser transportado até lá.
No ano de 2003, quando a população mundial era de 6,27 bilhões de habitantes,
o consumo médio total de energia era de 1,69 tonelada equivalentes
de petróleo (tep) per capita. Uma tonelada de petróleo equivale a 10 milhões de
quilocalorias (kcal), e o consumo diário médio de energia é de 46.300 kcal por
pessoa. Como comparação, vale a pena mencionar que 2.000 kcal é a energia
que obtemos dos alimentos e que permite que nos mantenhamos vivos e funcionando
plenamente. O restante é usado em transporte, gastos residenciais e
industriais e perdas nos processos de transformação energética.
Os padrões atuais de produção e consumo de energia são baseados nas
fontes fósseis, o que gera emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e
põem em risco o suprimento de longo prazo no planeta. É preciso mudar esses
padrões estimulando as energias renováveis, e, nesse sentido, o Brasil apresenta
uma condição bastante favorável em relação ao resto do mundo. A Tabela 1
mostra qual a contribuição porcentual das diversas fontes de energia à energia
total consumida no Brasil e no mundo em 2003.
Energias renováveis representavam 41,3% do consumo total no Brasil, ao
passo que no mundo eram apenas 14,4%. O consumo médio de energia no Brasil
é de 1,09 tep por habitante por dia, um pouco abaixo da média mundial. O
consumo médio não representa adequadamente o que ocorre no mundo.
Estudante da federal de Lavras recebe prêmio Jovem Cientista..Do tema Natureza e Energia !
http://g1.globo.com/videos/minas-gerais/v/estudante-da-federal-de-lavras-recebe-premio-jovem-cientista/1377745/#/todos%20os%20v%C3%ADdeos/page/3
A Energia das Águas Térmicas
A energia solar térmica é uma forte aposta de soliclima, além de ser a mais econômica e rentável das energias renováveis, é a que mais possibilidades de uso apresenta á hora de poupar custos tanto na pyme como na econômia doméstica.
O processo de gerar energia renovável a partir das águas do oceano por meio da Conversão de Energia Térmica Oceânica (Ocean Thermal Energy Conversion), conhecida como OTEC (na sigla em inglês), vem sendo estudado a quase um século mas, embora várias usinas-piloto tenham sido construídas para provar que a tecnologia funciona, ela nunca foi colocada em operação comercial. Agora, entretanto, apesar dos altos custos envolvidos, várias companhias estão trabalhando para desenvolver projetos comerciais.
O processo de gerar energia renovável a partir das águas do oceano por meio da Conversão de Energia Térmica Oceânica (Ocean Thermal Energy Conversion), conhecida como OTEC (na sigla em inglês), vem sendo estudado a quase um século mas, embora várias usinas-piloto tenham sido construídas para provar que a tecnologia funciona, ela nunca foi colocada em operação comercial. Agora, entretanto, apesar dos altos custos envolvidos, várias companhias estão trabalhando para desenvolver projetos comerciais.
A OTEC gera energia explorando o diferencial de temperatura entre a água quente da superfície e a água fria das profundezas do oceano. A água da superfície é bombeada através de um trocador de calor, onde atinge um fluido com ponto de ebulição muito baixo, como a amônia, que se expande ao evaporar. O gás vaporizado move as turbinas que produzem eletricidade, antes de ser bombeado para um condensador, onde é resfriado pela água fria dos oceanos, fazendo com que retorne ao seu estado líquido. O líquido é então bombeado de volta para o trocador de calor com água quente para repetir o ciclo.
Para funcionar eficientemente, a tecnologia exige uma temperatura diferencial de pelo menos 20 graus Celsius. Ela pode ser encontrada em grandes extensões dos mares tropicais. “Cada grau adicional ajudará a produzir 15% mais energia”, diz Philippe Dubau, gerente geral da Pacific Otec, subsidiária da Pacific Petroleum, uma distribuidora de derivados de petróleo na Polinésia Francesa, Nova Caledônia e Vanuatu que vem entrando na setor da energia renovável.
De acordo com Kevin Joyce, consultor de energias renováveis da Black & Veatch, em Overland Park, Kansas, uma das características mais interessantes dessa tecnologia é que, diferentemente da maioria das fontes de energia, ela pode garantir um nível mínimo de fornecimento estável e confiável.
“Isso geraria eletricidade 24 horas por dia de uma forma previsível e confiável”, diz Joyce. “Outras tecnologias renováveis com esse tipo de recurso potencial, como a energia eólica ou solar, são intermitentes, o que significa que elas precisam da energia convencional para cobrir as falhas no fornecimento.”
Aproveitando a Energia dos Vegetais
Fatos e ações
Extraordinário reservatório de energia, a biomassa inclui diversas matérias-primas orgânicas de origem vegetal: produtos silvícolas, culturas específicas e produtos derivados da reciclagem de resíduos agrícolas, industriais ou domésticos. A biomassa constitui o quarto recurso explorado à escala mundial (14% do consumo do planeta). Ora, à excepção da Áustria, Finlândia e Suécia onde ocupa um lugar não desprezável, a biomassa apresenta uma quota de apenas 2% no cômputo geral europeu. Energia não flutuante, susceptível de ser armazenada, a biomassa apresenta, assim, grande número de vantagens. Em face da ameaça do efeito de estufa, a utilização da biomassa desempenha um papel neutro: cultivados com fins energéticos, os vegetais devolvem o carbono armazenado durante a fase de crescimento. Uma verdadeira indústria da biomassa, potencialmente geradora de empregos, surge como uma via de evolução da política agrícola comum.A sua valorização coloca, contudo, problemas de ordem logística já que se trata de processar as quantidades de matérias-primas necessárias à obtenção de fontes de energia suficientes e rentáveis. Actualmente, o custo da energia produzida permanece demasiado elevado em grande número de aplicações.
Diferentes investigações europeias sobre as tecnologias de conversão (processos termoquímicos, químicos e biológicos) abrem perspectivas de utilizações finais diversificadas, quer como fontes de calor e de electricidade, quer sob a forma de "biocombustíveis".
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