domingo, 21 de novembro de 2010

Retrospectiva da produção e consumo de energia no Brasil e no mundo ..

Após a época do “milagre econômico”, ocorreu no Brasil uma forte desaceleração
nos crescimentos do Produto Interno Bruto (PIB), da produção
de energia primária e do consumo de eletricidade. Nos últimos trinta anos, o
aumento da produção de energia primária no Brasil tem acompanhado de perto o crescimento do PIB, mas o consumo de eletricidade tem aumentado mais
rapidamente, em razão da eletrificação crescente do país e da instalação de indústrias
eletrointensivas, como as de alumínio. A Tabela 2 permite estabelecer
comparações entre o Brasil, o mundo e os blocos dos países industrializados e
aqueles em desenvolvimento.
O modelo tradicional estabelecido de 1940 a 1960 colocou nas mãos dos
governos federal e estaduais empresas estatais responsáveis pela grande parte da
produção e distribuição de eletricidade, petróleo e gás. Petrobras, Eletrobrás e
inúmeras empresas estaduais foram criadas para tal fim, incluindo o planejamento
energético.
Esse modelo funcionou bem até meados da década de 1980, mantendo
baixos os custos da energia e promovendo com isso o desenvolvimento econômico,
mas criou também sérios problemas, tais como:
1. Tarifas artificialmente baixas para eletricidade, como aliás foi feito com quase todas as tarifas de serviços públicos pelo governo federal num
esforço vão de controlar a inflação.
2. O uso político das empresas de produção e distribuição de gás e eletricidade
envolvendo gerenciamento incompetente e a construção de inúmeras
usinas hidrelétricas para obter benefícios políticos sem os recursos
necessários para completá-los, o que garantiria um mínimo de retorno economico .

Eletricidade e Biomassa ..

  A GERAÇÃO DE ELETRICIDADE no Brasil cresceu a uma taxa média anual de 4,2%
entre 1980 e 2002. Sempre a energia hidráulica foi dominante, uma vez que
Sempre a energia hidráulica foi dominante, uma vez que
o Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. Por sua vez,
é modesta a contribuição do carvão, já que o país dispõe de poucas reservas e
elas são de baixa qualidade. A capacidade instalada de hidroeletricidade é de
cerca de 70.000 megawatts (MW, milhões de watts) e existem 433 usinas hidrelétricas
em operação. Dessas, 23 têm capacidade maior do que 1.000 MW e
representam mais de 70% da capacidade total instalada. Existe ainda um potencial
considerável – cerca de 190.000 MW ainda não utilizadas, principalmente na
região da Amazônia, e, portanto, distante dos grandes centros consumidores do
Sudeste. O custo de produção de 1 kW em uma usina hidroelétrica é de aproximadamente
US$ 1.000. O potencial para reforma e melhoria das grandes usinas
construídas há mais de vinte anos (com capacidades instaladas especialmente
entre 1.000 e 8.000 MW) é de 32.000 MW. Isso pode ser obtido a um custo de
US$ 100-300 por kW instalado, sendo, portanto, significativo.
Entre as outras tecnologias geradoras de eletricidade utilizadas no país estão
a termonuclear, as termelétricas a gás natural e a óleo diesel, mas nenhuma delas
contribui com uma porcentagem maior do que 7% do total. A introdução da
biomassa, energia nuclear e gás natural reduziu a porcentagem da hidreletricidade
de 92% em 1995 para 83% em 2002. A geração de eletricidade com biomassa
(resíduos vegetais e bagaço de cana) em 2002 provinha de 159 usinas, com uma
capacidade instalada de 992 MW, ou 8% da energia elétrica de origem térmica
do país. A grande maioria dessas usinas (com cerca de 952 MW) está localizada
no Estado de São Paulo e usa bagaço de cana, um subproduto da produção de
açúcar e álcool.
O Proinfa foi instituído pela Lei n.10.438/2002 visando estimular a geração
de eletricidade por fontes eólica, de biomassa (como bagaço de cana e gás
de aterro) e pequenas centrais hidrelétricas (PCH). A primeira fase do Proinfa
estabelecia a geração de 3.300 MW por meio dessas fontes. A segunda fase do
programa estabelecia uma meta de 10% dessas mesmas fontes em toda a matriz
elétrica do país em vinte anos, mas foi abandonada. A Lei n.10.762/2003 revisou
o Proinfa e não menciona a Fase 2.

 – Biomassa

uma característica particular do Brasil é o desenvolvimento industrial em
grande escala e a aplicação das tecnologias de energia de biomassa. Bons
exemplos disso são: a produção do etanol a partir da cana-de-açúcar, o carvão
vegetal oriundo de plantações de eucaliptos, a co-geração de eletricidade do
bagaço de cana e o uso da biomassa em indústrias de papel e celulose (cascas
e resíduos de árvores, serragem, licor negro etc.). A utilização de biomassa no
Brasil é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a disponibilidade
de recursos e mão-de-obra baratas, rápida industrialização e urbanização e a ex-
periência histórica com aplicações industriais dessa fonte de energia em grande
escala. Aproximadamente 75% do álcool produzido é proveniente do caldo de
cana (com rendimento próximo de 85 litros por tonelada de cana). Os restantes
25% têm origem no melaço resultante da produção de açúcar (rendimento
próximo de 335 litros por tonelada de melaço). Em 2004, a produção total de
bagaço ficou próxima de 110 milhões de toneladas, gerando um excedente de
8,2 milhões de toneladas para usos não-energéticos. Os produtos energéticos
resultantes da cana contribuíram com 13,5% da matriz energética brasileira de
2004.
A utilização da lenha no Brasil é ainda significativa, principalmente nas carvoarias
para produzir carvão vegetal e na cocção de alimentos nas residências. Em
2004, o setor residencial consumiu cerca de 26 milhões de toneladas de lenha,
equivalentes a 29% da produção. O consumo tem crescido nos últimos anos
pelo aumento dos custos do seu substituto direto, o gás liquefeito de petróleo
(GLP), vendido em botijões. Na produção de carvão vegetal foram consumidas
cerca de 40 milhões de toneladas (44% da produção), em razão principalmente
do forte crescimento da produção de ferro gusa e substituição do carvão mineral.
Os restantes 17% representam consumos na agropecuária e demais setores
da indústria. A lenha e o carvão vegetal representaram 13,2% da matriz de 2004, resultado 0,3% acima de 2003.

Fontes de energia mais comuns ..

Energia, ar e água são ingredientes essenciais à vida humana. Nas sociedades
primitivas seu custo era praticamente zero. A energia era obtida da
lenha das florestas, para aquecimento e atividades domésticas, como cozinhar.
Aos poucos, porém, o consumo de energia foi crescendo tanto que outras
fontes se tornaram necessárias. Durante a Idade Média, as energias de cursos
d’água e dos ventos foram utilizadas, mas em quantidades insuficientes para
suprir as necessidades de populações crescentes, sobretudo nas cidades. Após a
Revolução Industrial, foi preciso usar mais carvão, petróleo e gás, que têm um
custo elevado para a produção e transporte até os centros consumidores.
O consumo de água também aumentou consideravelmente, tanto que se
tornou necessário cobrar pelo seu uso para pagar os custos para sua purificação
e transporte até os usuários. Se, e quando, uma colônia terrestre for instalada na
Lua (que não tem atmosfera), será preciso pagar – e muito – pelo ar consumido
pelos seres humanos que terá de ser transportado até lá.
No ano de 2003, quando a população mundial era de 6,27 bilhões de habitantes,
o consumo médio total de energia era de 1,69 tonelada equivalentes
de petróleo (tep) per capita. Uma tonelada de petróleo equivale a 10 milhões de
quilocalorias (kcal), e o consumo diário médio de energia é de 46.300 kcal por
pessoa. Como comparação, vale a pena mencionar que 2.000 kcal é a energia
que obtemos dos alimentos e que permite que nos mantenhamos vivos e funcionando
plenamente. O restante é usado em transporte, gastos residenciais e
industriais e perdas nos processos de transformação energética.
Os padrões atuais de produção e consumo de energia são baseados nas
fontes fósseis, o que gera emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e
põem em risco o suprimento de longo prazo no planeta. É preciso mudar esses
padrões estimulando as energias renováveis, e, nesse sentido, o Brasil apresenta
uma condição bastante favorável em relação ao resto do mundo. A Tabela 1
mostra qual a contribuição porcentual das diversas fontes de energia à energia
total consumida no Brasil e no mundo em 2003.
Energias renováveis representavam 41,3% do consumo total no Brasil, ao
passo que no mundo eram apenas 14,4%. O consumo médio de energia no Brasil
é de 1,09 tep por habitante por dia, um pouco abaixo da média mundial. O
consumo médio não representa adequadamente o que ocorre no mundo.

Estudante da federal de Lavras recebe prêmio Jovem Cientista..Do tema Natureza e Energia !

http://g1.globo.com/videos/minas-gerais/v/estudante-da-federal-de-lavras-recebe-premio-jovem-cientista/1377745/#/todos%20os%20v%C3%ADdeos/page/3

-- Poluição -- Não tá com nada !!

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A Energia das Águas Térmicas

  A energia solar térmica é uma forte aposta de soliclima, além de ser a mais econômica e rentável das energias renováveis, é a que mais possibilidades de uso apresenta á hora de poupar custos tanto na pyme como na econômia doméstica.




O processo de gerar energia renovável a partir das águas do oceano por meio da Conversão de Energia Térmica Oceânica (Ocean Thermal Energy Conversion), conhecida como OTEC (na sigla em inglês), vem sendo estudado a quase um século mas, embora várias usinas-piloto tenham sido construídas para provar que a tecnologia funciona, ela nunca foi colocada em operação comercial. Agora, entretanto, apesar dos altos custos envolvidos, várias companhias estão trabalhando para desenvolver projetos comerciais.
A OTEC gera energia explorando o diferencial de temperatura entre a água quente da superfície e a água fria das profundezas do oceano. A água da superfície é bombeada através de um trocador de calor, onde atinge um fluido com ponto de ebulição muito baixo, como a amônia, que se expande ao evaporar. O gás vaporizado move as turbinas que produzem eletricidade, antes de ser bombeado para um condensador, onde é resfriado pela água fria dos oceanos, fazendo com que retorne ao seu estado líquido. O líquido é então bombeado de volta para o trocador de calor com água quente para repetir o ciclo.
Para funcionar eficientemente, a tecnologia exige uma temperatura diferencial de pelo menos 20 graus Celsius. Ela pode ser encontrada em grandes extensões dos mares tropicais. “Cada grau adicional ajudará a produzir 15% mais energia”, diz Philippe Dubau, gerente geral da Pacific Otec, subsidiária da Pacific Petroleum, uma distribuidora de derivados de petróleo na Polinésia Francesa, Nova Caledônia e Vanuatu que vem entrando na setor da energia renovável.
De acordo com Kevin Joyce, consultor de energias renováveis da Black & Veatch, em Overland Park, Kansas, uma das características mais interessantes dessa tecnologia é que, diferentemente da maioria das fontes de energia, ela pode garantir um nível mínimo de fornecimento estável e confiável.
“Isso geraria eletricidade 24 horas por dia de uma forma previsível e confiável”, diz Joyce. “Outras tecnologias renováveis com esse tipo de recurso potencial, como a energia eólica ou solar, são intermitentes, o que significa que elas precisam da energia convencional para cobrir as falhas no fornecimento.”

Aproveitando a Energia dos Vegetais

Graphic elementFatos e ações

Extraordinário reservatório de energia, a biomassa inclui diversas matérias-primas orgânicas de origem vegetal: produtos silvícolas, culturas específicas e produtos derivados da reciclagem de resíduos agrícolas, industriais ou domésticos. A biomassa constitui o quarto recurso explorado à escala mundial (14% do consumo do planeta). Ora, à excepção da Áustria, Finlândia e Suécia onde ocupa um lugar não desprezável, a biomassa apresenta uma quota de apenas 2% no cômputo geral europeu. Energia não flutuante, susceptível de ser armazenada, a biomassa apresenta, assim, grande número de vantagens. Em face da ameaça do efeito de estufa, a utilização da biomassa desempenha um papel neutro: cultivados com fins energéticos, os vegetais devolvem o carbono armazenado durante a fase de crescimento. Uma verdadeira indústria da biomassa, potencialmente geradora de empregos, surge como uma via de evolução da política agrícola comum.
A sua valorização coloca, contudo, problemas de ordem logística já que se trata de processar as quantidades de matérias-primas necessárias à obtenção de fontes de energia suficientes e rentáveis. Actualmente, o custo da energia produzida permanece demasiado elevado em grande número de aplicações.
Diferentes investigações europeias sobre as tecnologias de conversão (processos termoquímicos, químicos e biológicos) abrem perspectivas de utilizações finais diversificadas, quer como fontes de calor e de electricidade, quer sob a forma de "biocombustíveis".